quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Processos Produtivos em Cadeia do Urânio


A energia nuclear fornece um sexto da eletricidade do mundo que, juntamente com a energia hídrica (que fornece um pouco mais de um sexto), é a principal fonte de energia livre de carbono hoje. A tecnologia sofreu interrupção de seu crescimento marcada pelo acidente de Chernobyl, mas as usinas têm demonstrado a notável confiabilidade e eficiência ao longo dos anos. A ampla oferta mundial de urânio poderia abastecer um conjunto muito         maior de reatores do que o atualmente existente durante os seus 40 a 60 anos de vida útil.
Em 2008 somente vinte países produziram urânio em escala industrial, inclusive o Brasil. Esta situação é vista como uma oportunidade para o país, já que, além de deter reservas significativas de urânio, com um forte potencial geológico para ampliação dessas reservas, também domina a tecnologia de todo o ciclo do combustível.
Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa pública responsável pela fabricação do combustível nuclear. A INB atua  na lavra do urânio e sua concentração obtendo o yellow cake que é transportado à Europa, para conversão ou gaseificação (transformação em hexafluoreto de urânio) e, posteriormente, à Europa para seu enriquecimento. Em seguida, o combustível é reconvertido em urânio enriquecido em pó, o qual é sinterizado na forma de pastilhas que comporão os elementos combustíveis dos reatores nucleares. Atualmente, a INB já faz um pouco de enriquecimento na fábrica de Resende/RJ e, no futuro, a empresa deverá usar a tecnologia desenvolvida pela Marinha do Brasil para conversão


Na usina de conversão, o urânio, sob a forma de  yellowcake, é dissolvido e purificado, obtendo-se então o urânio nuclearmente  puro. A seguir, é convertido para o estado gasoso, o hexafluoreto de urânio (UF6), para permitir a transformação seguinte que é o enriquecimento isotópico
O Brasil já domina toda a tecnologia do ciclo, inclusive o enriquecimento do urânio. Há, nas instalações da INB, capacidade para enriquecimento do urânio que hoje atenderia apenas 1% das necessidades do país.  
Contudo, ainda há, necessidade de realização de fases fora do país. Investimento adicional possibilitará internalizar no país todas as fases. 

As reservas brasileiras de urânio, apresentadas oficialmente como da ordem de 309.000 toneladas de U3O8  “in situ”. Para fins de contabilização, devem ser consideradas somente as reservas ditas “entamboradas”, isto é, aquelas que  se consegue processar e colocar em tambores. 
Com apenas um terço do território nacional prospectado, o Brasil coloca-se como a sexta maior reserva de urânio do mundo, e é muito provável que com a entrada da exploração de Pitinga e outras, o  país poderá subir para o terceiro ou quarto lugar. Levando-se em conta a geologia do Brasil, a INB calcula que ainda possa haver cerca de 450 mil toneladas adicionais espalhadas pelo país
                                                                                                                                                                      
Bilbiografia: 
Por  Hiago Lucas Silva



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