Prós e Contras

As vantagens e desvantagens do uso de urânio (com vídeos de entrevistas)

Tecnologia do Urânio

Entenda como funciona o método de produção do Urânio 235

Uma polêmica chamada Urânio

Veja aqui os problemas e conflitos causados pelo mesmo

Polícia encontra duas toneladas de urânio próximo à embaixada do Brasil em La Paz

O governo da Bolívia informou ter encontrado nesta terça-feira "cerca de duas toneladas de urânio" em um prédio no coração de La Paz, a poucos metros das embaixadas de Brasil e Estados Unidos, e ordenou uma investigação imediata.

Greenpeace denuncia exploração de Urânio no niger

Mineração de urânio pelo nuclear francês Areva é uma séria ameaça para o meio ambiente e as pessoas no norte do Níger, na África Ocidental. (matéria em inglês)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Para os apoiadores de Usinas Hidrelétricas

O video fala por si só


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ONGs e movimentos sociais sulamericanos criticam agenda nuclear




Os governos argentino e brasileiro anunciaram no sábado (6/9) a criação de uma empresa binacional voltada para o enriquecimento de urânio, produção de radioisótopos e desenvolvimento de reatores nucleares.
A iniciativa faz parte de um pacote nuclear conjunto muito maior, envolvendo outros 61 projetos no setor, todos elaborados e decididos em segredo, sem nenhuma consulta às populações, às comunidades científicas ou sequer aos parlamentos dos dois países, como nos mais sombrios tempos das ditaduras que assolaram Argentina e Brasil anos atrás.
Pior, todo o pacote nuclear argentino-brasileiro é baseado em planos megalomaníacos de instalação de 12 a 15 centrais nucleares de energia na América do Sul até 2030, espalhando a aventura nuclear a países como o Chile, Uruguai, Peru e Venezuela. Nesse sentido, Bolívia e Equador também poderiam vir a integrar a lista de países envolvidos na proliferação nuclear na América Latina.
Lamentavelmente, a Argentina, já em complicada situação econômica, decide "apostar" em uma forma de energia ultrapassada e custosa, retomando as obras de Atucha 2 (paralisadas há anos) e anunciando a construção de outras 2 usinas, além de impulsionar também perigosíssimos empreendimentos de mineração de uranio.
O Brasil que, por outro lado, vive um momento de relativa estabilidade econômica, opta por ressucitar uma indústria nuclear que já foi responsável por um terço da sua dívida externa na década de 1980, tendo custado até hoje aos cofres públicos cerca de US$ 40 bilhões, segundo estimativas oficiais. Cedendo aos delírios de funcionários das estatais do setor nuclear, alguns militares e uma ultrapassada minoria que vê a bomba nuclear como algo essencial ao país, além dos interesses comerciais e militares no ciclo do combustível nuclear, Lula anuncia a construção de Angra 3 (a um custo de mais US$ 4,5 bilhões, além do que já foi gasto com ela) e de outras seis usinas até 2030, criando um novo rombo financeiro e - inevitavelmente - encarecendo o preço da eletricidade para o consumidor.
O presidente do Brasil é ainda mais ambicioso: apesar de até hoje não ter sido resolvido o problema dos depósitos definitivos para o lixo atômico das usinas de Angra 1 e 2, lançou desafio para que o setor resolvesse em 60 dias o que não consegiu em mais de 50 anos da indústria nuclear mundial.
A atitude dos governos brasileiro e argentino só pode ser caracterizada como total desprezo pela opinião do cidadão comum da região. É ele quem, em última instância, deverá pagar a enorme conta dessa "farra nuclear". Mais triste do que isso, é o cidadão comum que estará mais exposto aos riscos que as usinas e os depósitos de resíduos nucleares trazem consigo.
Em um mundo em rápida transformação diante das mudanças climáticas, onde governos, cientistas, empresários e simples cidadãos buscam um novo modelo de desenvolvimento, baseado em premissas como o uso de fontes de energia renováveis e limpas, a transparência e participação das populações na tomada de decisões que afetem suas vidas e a busca da segurança e paz entre as nações, Brasil e Argentina parecem não perceber a oportunidade de liderança que poderiam exercer, sujando suas matrizes energéticas, impondo pacotes nucleares às suas populações e fomentando um ambiente de insegurança na região.
                                                                                                                                                                          
 

Left in the Dust - Areva's uranium mining in Niger

 Uranium mining by French nuclear company AREVA poses a serious threat to the environment and people of northern Niger in West Africa. 

Operations of Nuclear giant AREVA put lives at risk in Niger
Uranium mines in Niger operated by the state-owned French nuclear giant AREVA continue to create a radioactive hazard for the people living nearby. A new report released today by Greenpeace reveals contamination levels in the air, water and soil above internationally accepted limits.
“Radioactivity increases poverty because it creates more victims. With each day passes we are exposed to radiation and continue to be surrounded by poisoned air, polluted water and earth – while AREVA makes hundreds of millions from our natural resources.” said Almoustapha Alhacen, President of the local Nigerian NGO Aghir in’ Man (which means “the shield of the soul” in the Touareg language, is a local environmental and human rights organization).
Last November, Greenpeace carried out soil, water and air tests in Arlit and Akokan, located a few kilometers from the mines. The samples were studied in collaboration with the France-based Research and Independent Information on Radioactivity Commission (CRIIRAD).
“The analysis we have performed show that the uranium contamination in four out of five water samples exceed World Health Organisation safety limits*. We found evidence of radon, a radioactive gas dissolved in water and also chemical elements. Even so, this water is still being distributed to the population and the workers for consumption” said Bruno Chareyron, an engineer in Nuclear Physics from CRIIRAD.
Half of AREVA's uranium comes from two mines in Niger, one of Africa's poorest countries despite being the world's third largest uranium producer for more than 40 years. Areva, has also signed a deal to start tapping a third mine in the desert nation from 2013 or 2014.
“AREVA claims that it is an environmentally friendly company are not borne out in reality, the shocking levels of contamination in Niger reveal the truth. AREVA must take immediate action to end the routine radioactive contamination of villages surrounding their Nigerien mines.” said Rianne Teule, Greenpeace International nuclear campaigner.“ AREVA must also put in place long-term health monitoring of the local population.”
Greenpeace is calling for an independent study around the mines and mining towns in Niger followed by a thorough clean up and decontamination. AREVA must take responsibility for its actions not only in Niger, but worldwide.
* Guidelines for drinking water quality, first addendum to third edition. Vol. 1: Recommendations. WHO, 2006. This version of the guidelines integrates the third edition, which was published in 2004.


                                                                                                                                                                  
Bibliografia:

Passagem do furacão Sandy deixa usina nuclear em alerta nos EUA


A Exelon Corp declarou "alerta" em sua usina nuclear Oyster Creek, no estado americano de Nova Jersey, devido a um aumento recorde do nível das águas, informou a Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC), advertindo que a mais antiga usina em funcionamento do país pode ter que usar abastecimento de água de emergência para resfriar barras de combustível de urânio usadas.

O alerta --o segundo mais baixo dos quatro níveis de ação da NRC-- veio depois que os níveis de água na usina subiram mais de 2 metros, potencialmente afetando as bombas que circulam a água através da usina, afirmou um porta-voz da NRC, na segunda-feira.



Essas bombas não são essenciais, pois a indústria, de 43 anos, está fechada para reabastecimento planejado desde 22 de outubro. No entanto, um aumento maior poderia submergir o motor da bomba de água em funcionamento que é usada para arrefecer a água no tanque de combustível utilizado.
A Exelon disse em um comunicado que não havia perigo ao equipamento e nenhuma ameaça à saúde pública ou de segurança.
O incidente em Oyster Creek, que fica 95 quilômetros a leste de Filadélfia, na costa de Nova Jersey, ocorreu quando a tempestade Sandy atingiu o continente, à medida que a maior tempestade do Atlântico já registrada a atingir os EUA provocou ventos fortes e aumento do nível das águas, no maior teste à preparação de emergência do setor desde o desastre de Fukushima, no Japão, um ano e meio atrás.
Embora tais alertas sejam considerados eventos graves na indústria --com apenas cerca de uma dúzia de casos do tipo nos últimos quatro anos, de acordo com a NRC-- as águas da inundação devem recuar da usina após a maré alta, reduzindo o risco de uma ação de emergência .
Esperava-se que Sandy forçasse o fechamento de pelo menos duas outras usinas nucleares em Nova Jersey, embora a NRC tenha afirmado que nenhum dos outros reatores nucleares do país tinham sido fechados pela tempestade.
O porta-voz da Exelon David Tillman disse que a usina tem "múltiplas e redundantes" fontes de refrigeração para o coletor do combustível gasto. Ele disse que não sabia se o sistema de funcionamento de água estava operacional no momento.

                                                                                                                                                                      

Bibliografia:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/10/passagem-do-furacao-sandy-deixa-usina-nuclear-em-alerta-nos-eua.html

Irã volta a ampliar capacidade de enriquecer urânio, dizem diplomatas


VIENA, 17 Out (Reuters) - O Irã está supostamente aumentando sua capacidade de enriquecer urânio na usina subterrânea de Fordow, disseram diplomatas ocidentais, em mais um sinal de que Teerã continua desafiando as exigências internacionais para interromper seu programa nuclear.
Mas os diplomatas disseram que a República Islâmica não parece ter ligado ainda as recém-instaladas centrífugas. "O Irã continua a ampliar a capacidade de enriquecimento", disse uma fonte ocidental.
Um diplomata credenciado na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) disse: "Achamos que eles continuaram instalando centrífugas em Fordow. Achamos que seu ritmo continuou o mesmo que era, que era bastante rápido".
Um próximo relatório da AIEA, previsto para meados de novembro, poderá corroborar as suspeitas de que o Irã está próximo de concluir a instalação das centrífugas em Fordow.
Um diplomata em Viena disse que o trabalho pode estar "quase completo", e outro enviado usou termos semelhantes. A AIEA não se manifestou.
O Irã diz que, para operar um reator de pesquisas médicas em Teerã, precisa refinar urânio até a concentração físsil de 20 por cento, bem acima dos 5 por cento do urânio atualmente enriquecido na usina de Natanz.
O Ocidente teme que o Irã esteja elevando o grau de pureza do urânio para usar o material em uma bomba atômica. Teerã insiste no caráter pacífico das suas atividades.
(Reportagem de Fredrik Dahl)
                                                                                                                                                                    
Bibliografia 

Reservas de urânio crescem e garantem demanda por um século



Viena, 26 jul (EFE).- As reservas identificadas de urânio, a matéria-prima necessária para gerar energia em reatores nucleares, aumentaram 12,5% entre 2008 e 2010, para 7,096 milhões de toneladas, quantidade suficiente para satisfazer a atual demanda global durante um século, assinala um relatório publicado nesta quinta-feira em Viena.

O estudo elaborado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e a NEA, a agência nuclear da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), acrescenta que a produção de urânio subiu 25% entre 2008 e 2010, graças à forte expansão registrada no Cazaquistão.

A produção mundial foi de 54.670 toneladas em 2010, 6% mais que as 51.526 toneladas de 2009 e 25% acima das 43.758 toneladas de 2008.

Com quase 20 mil toneladas produzidas, o Cazaquistão é o principal produtor mundial de urânio, material que é extraído em 22 países, entre os quais se destacam também Canadá, Austrália, Níger e Namíbia.

Já os investimentos feitos no setor cresceram 22% no mesmo período, superando US$ 2 bilhões, precisa o relatório.

Os especialistas da AIEA e da NEA estimam que a demanda de urânio seguirá crescendo em nível mundial, apesar da decisão de vários países europeus, como Alemanha, Suíça, Itália e Bélgica, de renunciar à energia atômica após o acidente na usina nuclear japonesa de Fukushima.

A demanda será impulsionada sobretudo pela expansão da energia nuclear na Ásia, cuja capacidade deverá aumentar entre 125% e 185% até 2035, da mesma forma que nos países europeus não membros da União Europeia (UE), onde o crescimento pode alcançar entre 55% e 125%.

Nos Estados Unidos, se calcula crescimento entre 7% e 28%, enquanto na UE a previsão varia entre contração de 11% e avanço de 24%.

A expansão mais pronunciada acontecerá na China, Índia, Coreia do Sul e Rússia, assinala o relatório.

A NEA e a AIEA asseguram que atualmente a capacidade das 440 usinas nucleares espalhadas pelo mundo chega a 375 GWe, o que requer 63.875 toneladas de urânio, bastante acima da produção anual.

A diferença se satisfaz com reservas armazenadas e com a conversão de urânio pouco e altamente enriquecido de usinas nucleares ou armamento atômico obsoleto dos Estados Unidos e da Rússia.

Daqui até 2035, as projeções da NEA e da AIEA falam de uma capacidade energética entre 540 e 746 GWe, o que iria requerer entre 97.645 e 136.385 toneladas de urânio por ano. 



                                                                                                                                                                              

Bibliografia: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2012/07/26/reservas-de-uranio-crescem-e-garantem-demanda-por-um-seculo.jhtm

Especialistas analisarão possível carregamento de urânio, diz ministro boliviano



LA PAZ, 29 AGO (ANSA) - O ministro boliviano do Interior, Carlos Romero, que inicialmente informou que a polícia encontrou duas toneladas de urânio em um edifício no centro da capital La Paz, voltou atrás e disse que "a possível existência ou não de urânio ainda merece uma investigação científica".

As duas toneladas de rochas estavam distribuídas em sacos de pano dentro de uma caminhonete estacionada na garagem de um edifício de apartamentos em uma das principais avenidas de La Paz, a meia quadra da Embaixada dos Estados Unidos.

Depois de anunciar que as "duas toneladas são de material radioativo" e que o urânio parecia ter saído do Brasil passando pela Bolívia rumo ao Chile, de onde, finalmente, seriam enviados à Europa, o ministro afirmou que a análise do material será feita pelo Instituto de Tecnologia Nuclear e pelo Serviço de Geologia e Minas.

O vice-ministro do Interior, Jorge Pérez, observou que a "polícia não manipulou o urânio" pois recebeu "uma chamada de especialistas e nos disseram que as pessoas devem estar a cerca de 50 metros de distanciam e que não se pode mexer nas coisas porque pode produzir contaminação".

Inicialmente, o chefe do grupo de casos especiais da polícia, coronel Freddy Torres, tinha informado que o estranho carregamento foi encontrado depois de um mês e meio de investigações e que quatro pessoas foram detidas. De acordo com uma delas, o carregamento é de tântalo, usado como componente de condensadores.

Ao ministro do Interior coube dizer que o depoimento de um dos detidos foi dado para "camuflar" a manipulação de carga radioativa sem cumprir as normas de segurança.

O presidente da estatal Cooperação Mineira, Héctor Córdova, recordou que a Bolívia não explora formalmente esse mineral. Segundo ele, houve um projeto para explorar urânio há 40 anos no norte de Potosí, mas não houve prosseguimento diante dos altos custos e da situação do mercado



                                                                                                                                                                                

Bibliografia: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2012/08/29/especialistas-analisarao-possivel-carregamento-de-uranio-diz-ministro-boliviano.htm

Polícia encontra duas toneladas de urânio próximo à embaixada do Brasil em La Paz



LA PAZ, 28 Ago 2012 (AFP) -O governo da Bolívia informou ter encontrado nesta terça-feira "cerca de duas toneladas de urânio" em um prédio no coração de La Paz, a poucos metros das embaixadas de Brasil e Estados Unidos, e ordenou uma investigação imediata.

"São cerca de duas toneladas de material que se usa para a construção de armamento nuclear", disse em entrevista coletiva o vice-ministro do Interior, Jorge Pérez, que dirigiu a operação policial para remover o material "radioativo".

"A informação preliminar aponta para um alto nível de radioatividade, o que vamos determinar com a perícia que se realizará imediatamente", disse Pérez, revelando que o suposto dono do material "foi detido".

O vice-ministro não detalhou como o material foi localizado e para onde a polícia o levou, e se a operação ocorreu com as devidas medidas de segurança radioativa. Também não informou se os vizinhos do local precisarão realizar exames médicos.

O material estava em uma garagem do primeiro andar de um prédio no coração de La Paz, a poucos metros das embaixadas de Brasil e Estados Unidos.

"Nos chama a atenção o manejo de um material deste tipo, prejudicial à saúde, em tal quantidade e no centro da cidade de La Paz", disse Pérez.

As duas toneladas de urânio estavam "em bolsas (plásticas) expostas ao tempo, um material radioativo manipulado de maneira direta e de forma irresponsável, arriscando a vida de pessoas", prosseguiu o funcionário.

Segundo Pérez, o urânio "pode proceder do Brasil ou de outro país vizinho, e provavelmente seguiria para o Chile".

O vice-ministro destacou que "o processo de manipulação deste tipo de material deve ser submetido a certo tipo de protocolo e de autorização especializada", e que "todas as regulamentações do planeta geralmente assinalam que o manejo do urânio é exclusivo do Estado, e não de particulares".

O presidente da estatal Corporação Mineira da Bolívia (Comibol), Héctor Córdova, disse que o achado "é preocupante e chama a atenção" pelo tipo e quantidade do material encontrado.

Córdova lembrou que a Bolívia não possui tecnologia para processar urânio, apesar de o país ter uma jazida do mineral no departamento andino de Potosí, no sudoeste do país.

A imprensa local especulou no ano passado que Bolívia e Irã haviam fechado um acordo para explorar urânio, o que La Paz negou energicamente.

"Há convênios internacionais que estabelecem a forma com que se deve manipular material radioativo, com a intervenção dos Estados. Há formas de embalar e transportar que são muito controladas para não ocorrer danos à população", disse Córdova.

"É verdadeiramente surpreendente o que acabamos de descobrir e será preciso tomar todas as medidas para se evitar qualquer dano à população exposta a este material".

A Bolívia não tem tecnologia e conhecimento para enfrentar um eventual desastre de saúde por exposição à radiação



                                                                                                                                                                             

Bibliografia: http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2012/08/28/policia-encontra-duas-toneladas-de-uranio-proximo-a-embaixada-do-brasil-em-la-paz.jhtm

Dilma apela para que Irã desenvolva programa nuclear com fins pacíficos


A presidente Dilma Rousseff apelou nesta terça-feira (2), durante a 3ª Cúpula de Chefes de Estado e de Governo Aspa (América do Sul-Países Árabes), para que o programa nuclear do Irã tenha fins pacíficos e não de produção de armas. Segundo ela, se for comprovada, a produção de armas pelo iranianos deve ser interpretada como “violação” às resoluções da ONU (Organização das Nações Unidas) e com “gravíssimas consequências para a humanidade”.

Para a comunidade internacional, o programa nuclear do Irã é uma ameaça ao mundo porque há o enriquecimento do urânio para fins não pacíficos. As autoridades iranianas negam irregularidades e informam que não há produção de armas no país. No entanto, o Irã é alvo de uma série de sanções econômicas, comerciais e financeiras.

A Aiea (Agência Internacional de Energia Nuclear), órgão ligado às Nações Unidas, critica as dificuldades de fiscalização das usinas e do programa nuclear iraniano. Porém, está em curso uma articulação para que um grupo de inspetores verifique as instalações nucleares iranianas nos próximos meses.

Dilma defendeu a criação de uma área de livre de armas nucleares. “[O Brasil] apoia uma iniciativa para uma zona livre de armas de destruição no Oriente Médio”, disse a presidenta, lembrando o ideal é a busca de soluções por meio do diálogo e da paz.



                                                                                                                                                                            

BA: vazamento de urânio em pó preocupa trabalhadores de mina


Uma falha em uma operação na mina de urânio das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Caetité, a 445 km de salvador (BA), derramou urânio em pó que estava sendo embalado em um tambor. O acidente ocorreu às 9h de quinta-feira e foi comunicado ao escritório local da Comissão de Energia Nuclear (CNEM), de acordo com a INB. Os trabalhadores temem contaminação e o clima próximo do setor é de preocupação.
De acordo com a INB, o episódio é classificado como um incidente em área de embalagem do concentrado de urânio. "A área que é preparada para conter, recuperar o material, limpar e impedir que haja qualquer vazamento para outras áreas da unidade ou para o meio ambiente", explica a nota oficial. "O projeto da instalação prevê este tipo de atividade e, para isso todos equipamentos e pessoal são imediatamente acionados para resolver a questão", continua o comunidado.
A INB também garante que todos os procedimentos foram executados. "O concentrado foi recuperado e a área completamente limpa, até que não houvesse nenhum traço desse material no local".


Versões diferentes
O sindicato estima em 400 kg de urânio em pó, também conhecido como yellow cake. O volume é a quantidade de um tambor cheio. Já a INB informou que 100 kg de urânio em pó foram derramados, todo o material foi recuperado e a área ficou limpa, sem traço de material. "A área é preparada para limpar e impedir que haja qualquer vazamento para outras áreas da unidade ou para o meio ambiente", informou a empresa.
O dirigente sindical que fez a denúncia também afirmou que o clima entre os trabalhadores é de medo, pelas consequências que o contato com o pó podem gerar na saúde deles. O sindicalista pediu para não ter o nome divulgado, por temer repreensões como transferência de turno ou em local isolado de seus colegas.
Mina em Caetité
A mina em Caetité é a única mina de urânio em atividade no Brasil. Sua produção é beneficiada nas próprias instalações e se obtém o yellow cake, que é enviado para a França, para ser favorecido. Depois do processo, ele retorna ao Brasil e é servido como combustível das usinas nucleares em Angra dos Reis.
O clima de desconfiança entre parte da população, dos movimentos civis organizados, como a Comissão Pastoral da Terra e sindicato de trabalhadores é antigo. O Greenpeace já denunciou, em 2008, que poços de água estavam contaminados. A CNEM, na época, disse que a radioatividade era natural, uma vez que o urânio estava na terra.                                 
Em 2011, cerca de duas mil pessoas foram às ruas para impedir que caminhões com contêineres entrassem na mina - temiam pela recepção de lixo radioativo. De acordo com o Ministério do Trabalho, o setor chegou a ser interditado. "As instalações são inadequadas, com comunicação com o ambiente externo", disse a auditora Fernanda Giannasi.


                                                                                                                                                                                     

Bibliografia: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI6242076-EI8139,00-BA+vazamento+de+uranio+em+po+preocupa+trabalhadores+de+mina.html

Irã está perto de completar usina de enriquecimento de urânio


O Irã praticamente completou durante as últimas semanas a construção da usina subterrânea para enriquecimento de urânio de Fordo, indica nesta quinta-feira o diário The New York Times, que com base em declarações de autoridades da Inteligência de diferentes países.
Segundo essas informações, a nação árabe já teria instalado a última das três mil centrífugas que compõem a usina, situada sob uma montanha e dentro de uma base militar próxima à cidade santa de Qom.
O mesmo diário publicara com exclusividade no último fim de semana que Irã e Estados Unidos haviam firmado um acordo para manter negociações sobre o programa nuclear de Teerã depois das eleições americanas, em 6 de novembro, mas a Casa Branca apressou-se em desmentir a informação.
Os especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) averiguam há quase uma década as atividades nucleares do Irã, que durante 18 anos manteve em segredo seus avanços atômicos, o que gerou a desconfiança da comunidade internacional.
Desde 2006, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) ditou quatro rodadas de sanções comerciais, nucleares e diplomáticas contra o Irã perante sua recusa em cumprir as exigências da comunidade internacional, como a de suspender suas atividades atômicas mais delicadas.


                                                                                                                                                                           

Bibliografia: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6256285-EI308,00-NYT+Ira+esta+perto+de+completar+usina+de+enriquecimento+de+uranio.html

Prós e Contras


Utilização do urânio como fonte para geração de energia:



Prós:

- não contribui para o efeito de estufa (principal);

- não polui o ar com gases de enxofre, nitrogênio, particulados, etc.;

- não utiliza grandes áreas de terreno: a central requer pequenos espaços para sua instalação;

- não depende da sazonalidade climática (nem das chuvas, nem dos ventos);

- pouco ou quase nenhum impacto sobre a biosfera;
- grande disponibilidade de combustível;
- é a fonte mais concentrada de geração de energia
- a quantidade de resíduos radioativos gerados é extremamente pequena e compacta;
- a tecnologia do processo é bastante conhecida;
- o risco de transporte do combustível é significativamente menor quando comparado ao gás e ao óleo das termoelétricas;
- não necessita de armazenamento da energia produzida em baterias;



Contras:

- necessidade de armazenar o resíduo nuclear em locais isolados e protegidos*;

- necessidade de isolar a central após o seu encerramento;

- é mais cara quando comparada às demais fontes de energia;

- os resíduos produzidos emitem radiatividade durante muitos anos;

- dificuldades no armazenamento dos resíduos, principalmente em questões de localização e segurança;

- pode interferir com ecossistemas;
- grande risco de acidente na central nuclear.


Entrevistas com professores da Etec Júlio de Mesquita, Santo André, Sp


Professor Fávio Gimenes, Química


Professor Jhonny Joca, Química

Professora Mariana, Biologia

Professora Eliane, Geografia

Professor Raul, Línguas


Professor Sandro , Geografia

Professor Caio, História



Considerações


Os recursos naturais são de suma importância para o homem no aspecto de desenvolvimento da civilização, de forma que esse ser possa dispor de meios os quais possam lhe oferecer maior comodidade em atividades diversas. Desde os primórdios da humanidade, nossos antepassados já utilizavam esses recursos, tais como a água, a luz solar, a vegetação, entre outros, para transformar seus estilos de vida. Com o passar dos tempos, houve, concomitantemente ao desenvolvimento humano, a busca por conhecimento aprofundado na área em questão, nos levando a obter diferentes tipos de ferramentas provenientes do nosso meio ambiente.
                Um fator de extrema importância foi a ocorrência da Revolução Industrial por volta do século XVIII, quando o desenvolvimento de novas tecnologias passou a exigir o uso de energia, esta responsável por movimentar o maquinário o qual substituía a, até então, produção artesanal.
Em meados do século XIX, o petróleo (recurso natural não renovável) passou a ser usado para diversos fins, desde a produção de produtos variados até a geração de energia. Mesmo sendo eficiente, causa certa complexidade, uma vez que seu uso pode trazer consequências maléficas ao nosso planeta como um todo. Tal fato tem impulsionado a ciência a encontrar novos modos de produção energética, fontes limpas, as quais possam preservar nosso patrimônio ambiental.
Com a crise do petróleo em 1973, a procura por fontes energéticas diferentes foi intensificada. No Brasil, em 1975, Ernesto Geisel, então presidente do Brasil (ditadura), por meio do decreto de lei de n° 76.593 de 14 de novembro de 1975, implantou o Programa Nacional do Álcool, o Pró-Álcool. Essa iniciativa visava a substituir a dos combustíveis veiculares derivados de petróleo por etanol, de fácil obtenção e renovável.
Ao redor do mundo, a busca por soluções para tal problema desencadeou o desenvolvimento da energia nuclear, a qual se baseia no uso de alguns elementos químicos, havendo reações nos núcleos dos átomos destes, liberando energia. Inicialmente, essa tecnologia foi rejeitada por muitos, uma vez que essa energia nuclear causou grandes catástrofes, como a bomba atômica lançada pelos EUA contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão. Por todos os fatos passados, os países que já desenvolveram uma boa tecnologia nesse âmbito nuclear não compartilham experiências, visto que a energia nuclear pode ser utilizada como uma arma de considerável poderio.
O urânio, elemento químico radioativo, possui todas as características favoráveis à geração energética, por meio do enriquecimento, processo reacional de fissão (quebra do núcleo atômico) ao urânio, gerando energia.
O programa nuclear brasileiro abrange um amplo uso da energia nuclear, sempre voltado para fins pacíficos. Há cerca de três mil instalações em funcionamento em todo país (não são usinas, são instalações que exploram de alguma maneira a energia nuclear) que utilizam material ou fontes radioativas como combustível para setores da produção industrial, ou no campo da saúde ou ainda pesquisa, principalmente na área química. Ainda assim, a energia produzida por meio de combustível nuclear é ainda ínfima, muito pequena em relação, por exemplo, à energia hidrelétrica, e em menor proporção, à termoelétrica.
As principais ressalvas ao uso do urânio como fonte de energia se embasam na questão ambiental, onde o uso desse material pode gerar riscos como, por exemplo, acidentes similares ao de Chernobyl ou de Goiânia (Césio-137), por meio do descarte inapropriado de substâncias radioativas. De forma geral, esse método de geração energética só se aplica a regiões onde os demais recursos são escassos; o Brasil possui bastantes recursos hídricos, ou seja, é mais plausível a instalação de uma usina hidrelétrica, mas regiões como a Ásia central, com poucos rios, são adequadas à instalação de usinas nucleares.
Por tudo isso, a adequação ou não à energia nuclear só deve ser deferida após um sucinto processo de análise às condições locais de cada região, visando os fatores ambientais, econômicos e sociais, proporcionando o bem comum.
                

Dilma (ex-ministra de minas e energia) x Urânio


A ex-ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, garantiu que nos dois encontros que manteve hoje com o secretário de Energia dos Estados Unidos, Spencer Abraham, não foi discutida a questão do enriquecimento de urânio pelo Brasil. "Nós nada discutimos essa questão, até porque ela não está no âmbito do meu Ministério", disse. O secretário norte-americano disse apenas que o assunto não faz parte da agenda da visita ao Brasil. "Relatos que surgiram na mídia têm natureza especulativa", afirmou.
Dilma Rouseff

Ele afirmou que não lhe cabe falar sobre como o Brasil e a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) vão proceder em relação ao protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. A assinatura desse protocolo é que permitiria as inspeções adicionais no laboratório de enriquecimento de urânio em Rezende (RJ), defendida pelo governo dos EUA. "Essa questão deve ser tratada entre o Brasil e a Agência", disse Abraham. 

Spencer Abraham

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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Urânio: uma ideia sustentável...?

Muitas das vezes que ouvimos falar em energia nuclear é falado que a energia está em torno dos grupos das energias não-renováveis em oposição para as energias renováveis. De fato, é uma diferenciação um tanto quanto correta, mas neste caso é feita justamente para englobar energia nuclear com energia fósseis esta com uma sustentabilidade muito mais limitada, fazendo todos terem uma falsa ilusão e seguir o mesmo vício de raciocínio na energia nuclear, isto é, a energia nuclear não é uma solução porque não sendo renovável será esgotada rapidamente, normalmente com números de 40 a 80 anos, mas muitas vezes adiantados sem o devido enquadramento. De fato isto é baseado na teria "laisse faire" onde admitindo que nada é feito dividimos reservas pelo consumo e temos estes números previstos.  Não é dito que as reservas usadas representam apenas as jazidas descobertas de urânio de baixo custo de extração (<80$(US)/kg), cerca de 3,5 milhões de toneladas , a estas à que acrescentar mais duas vezes e meia esse valor para reservas especulativas ou de maior custo (<130$(US)/kg).


Deve ser enfatizado que quando inicialmente se começou a prospecção por urânio a descoberta de vastos depósitos que supriam as necessidades civis e militares levou a que a prospecção em busca de novas jazidas fosse abandonada, por outro lado o custo do urânio nos mercados internacionais esteve em queda continuada desde principio dos anos 80 até ao início do século XXI, o que desencorajou ainda mais a prospecção tendo mesmo minas fechado devido á falta de rentabilidade. 

Juntando todos os motivos temos que considerar a janela de sustentabilidade também para a fissão nuclear e aumentar em cerca de 250 anos a sua estimativa. Esta vale o considerado realista, mas devemos considerar a possibilidade do urânio dissolvido em água do mar e granitos, aonde existem quantidades consideráveis de urânio para que a fissão nuclear seja feita de modo ilimitado caso os métodos de extração seja economicamente viável. Estudos realizados no Japão apontam para a possibilidade de extrair urânio do mar por um custo de 265$(US)/kg.

Estas informações balancearam sua opinião? Caso queira continue lendo e se surpreenda...

Extração de urânio da água do mar

A JAERI (Japan Atomic Energy Research Institute) desenvolveu a alguns anos uma tecnologia para recolher o urânio dissolvido na água do mar, tendo já realizado demonstrações do processo, que foi realizado com sucesso. Contudo, o urânio é um recurso mineral, existem países onde não existe quantidades suficientes para abastecer o programa nuclear. No Japão, o problema é mais grave. Mesmo o nível das reservas mundiais de urânio serem de aproximadamente 3,5 milhões de toneladas, e outros 10 milhões estimado a descobrir ou em jazidas de menor concentração, torna esse recurso um tanto quanto escasso.  Com a atual taxa de consumo as reservas estarão esgotadas num futuro próximo uma vez que apenas 0.71% do urânio correspondem ao isótopo 235 tornando a geração eléctrica a partir do nuclear de fissão impossível. 
Mas neste contexto o oceano surge como uma possível solução para o problema uma vez que seja estimado que o urânio dissolvido no mar seja de 4,5 Bilhões de toneladas não havendo problema de diminuição de concentração caso seja explorado. O fundo marinho tem uma concentração de urânio mil vezes superior a água do oceano. Tomando o exemplo Japonês a corrente negra que passa ao largo do Japão transporta 5.2 milhões de toneladas de urânio por ano, com o atual consumo de 6 mil toneladas de urânio “bastaria” recuperar 0.1% do urânio para satisfazer as necessidades Japonesas.  



" O processo de adsorção do urânio é baseado numa função química da amidoxime, esta reage com o urânio sendo mesmo usada correntemente como um indicador analítico do urânio. Através da irradiação com um feixe de elétrons de elevada energia (2MeV) é introduzido um grupo de amidoxime num material polimérico (polietileno), este processo é designado por “graft polimerization”, o material é produzido de forma a apresentar uma estrutura semelhante a um feltro (tecido), o processo foi mesmo já patenteado. Uma primeira experiência realizada com este material em condições naturais que provou a viabilidade do conceito tendo sido conseguidas 16 gramas de óxido de urânio aplicável em reatores nucleares. Uma nova experiência mostrou ainda que o material é capaz de absorver 500 gramas de metais raros por quilograma de material absorvente, podendo ser “limpo” destes metais com recurso a uma solução alcalina e voltar a ser de novo usado. Uma jaula contendo 350 kg deste material absorvente foi colocada a 20 m de profundidade e a 7 km da costa durante um período de 240 dias tendo recolhido aproximadamente 1kg de urânio na forma de óxido de urânio (Yellow Cake) . Embora com o estado da arte atual o custo do urânio assim recolhido seja 5 a 10 vezes superior ao atual método de mineração o processo apresenta-se como potencialmente viável. A experiência mostrou ainda que o vanádio pode ser recolhido da água do mar pelo mesmo processo numa quantidade 1,5 vezes a do urânio. " (fonte adaptado: http://www.ans.org/pubs/journals/nt/va-144-2-274-278)
Adsorbent units

 (esquemas de recolha do urânio)


Esta abordagem permite eliminar os problemas associados aos métodos clássicos de mineração, estando a limpas o oceano, uma vez que os sistemas biológicos conhecidos não utilizam urânio e como urânio é um metal pesado tem efeito poluidor sobre os ecossistemas. Utilizando esse esquema é possível ser feito em 3 mil jaulas de 350 kg para recolher uma tonelada de urânio em 240 dias. O custo, economicamente falando, é viável, pois 80% do custo representa do equipamento marinho para retirar o material, sendo possível ainda reduzir os custos pela metade, através de uma redução de ¼ na massa do equipamento (na experiencia foi utilizado aço inox). Mesmo assumindo o cenário mais pessimista de um preço de urânio 10 vezes superior ao mineração tradicional devemos notar que o óxido de urânio têm um custo que é apenas uma fração do real custo do combustível, 32% tipicamente, por outro lado o custo dos elementos combustíveis na fatura da eletricidade é de tipicamente 20% pelo que o preço final da eletricidade será 6.4% superior ao atual, o que para o caso dos EUA com um custo da eletricidade de 8 cêntimos o kWh significaria um aumento para 12 cêntimos pelo mesmo kWh.
Assim considerando a hipótese linear de que ao ritmo atual de consumo as reservas conhecidas de urânio (3.5 milhões de toneladas) estarão esgotadas em 50 anos e considerando a quantidade de urânio dissolvida na água do mar (4.5 biliões de toneladas) isto representa 64 mil anos de consumo atual, mesmo considerando que o consumo vai crescer no futuro como é garantido o urânio dissolvido no oceano manter-se-á na mesma concentração devido à maior concentração no fundo oceânico pelo que o valor de cerca de 64 mil anos deve ser encarado como uma estimativa muito conservativa.
Assim em questão de abundância de urânio, o mesmo pode ser considerado viável, uma vez que para obter pelo oceano temos não só uma retirada de um metal pesado, mas sim uma melhora em um ambiente, onde um material tóxico pode ser a explicação para toda uma ideia de câncer, por exemplo, uma vez que a própria água do mar (contendo urânio) pode ser feita para produção de sal de cozinha e quem garante que não existe uma pequena quantidade de urânio dissolvido (0,0000000000000000000001%) naquele meio?


                                                                                                                                                                        
Bibliografia:

Postado por: Vinícius Scodeler Custódio


Processos Produtivos em Cadeia do Urânio


A energia nuclear fornece um sexto da eletricidade do mundo que, juntamente com a energia hídrica (que fornece um pouco mais de um sexto), é a principal fonte de energia livre de carbono hoje. A tecnologia sofreu interrupção de seu crescimento marcada pelo acidente de Chernobyl, mas as usinas têm demonstrado a notável confiabilidade e eficiência ao longo dos anos. A ampla oferta mundial de urânio poderia abastecer um conjunto muito         maior de reatores do que o atualmente existente durante os seus 40 a 60 anos de vida útil.
Em 2008 somente vinte países produziram urânio em escala industrial, inclusive o Brasil. Esta situação é vista como uma oportunidade para o país, já que, além de deter reservas significativas de urânio, com um forte potencial geológico para ampliação dessas reservas, também domina a tecnologia de todo o ciclo do combustível.
Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa pública responsável pela fabricação do combustível nuclear. A INB atua  na lavra do urânio e sua concentração obtendo o yellow cake que é transportado à Europa, para conversão ou gaseificação (transformação em hexafluoreto de urânio) e, posteriormente, à Europa para seu enriquecimento. Em seguida, o combustível é reconvertido em urânio enriquecido em pó, o qual é sinterizado na forma de pastilhas que comporão os elementos combustíveis dos reatores nucleares. Atualmente, a INB já faz um pouco de enriquecimento na fábrica de Resende/RJ e, no futuro, a empresa deverá usar a tecnologia desenvolvida pela Marinha do Brasil para conversão


Na usina de conversão, o urânio, sob a forma de  yellowcake, é dissolvido e purificado, obtendo-se então o urânio nuclearmente  puro. A seguir, é convertido para o estado gasoso, o hexafluoreto de urânio (UF6), para permitir a transformação seguinte que é o enriquecimento isotópico
O Brasil já domina toda a tecnologia do ciclo, inclusive o enriquecimento do urânio. Há, nas instalações da INB, capacidade para enriquecimento do urânio que hoje atenderia apenas 1% das necessidades do país.  
Contudo, ainda há, necessidade de realização de fases fora do país. Investimento adicional possibilitará internalizar no país todas as fases. 

As reservas brasileiras de urânio, apresentadas oficialmente como da ordem de 309.000 toneladas de U3O8  “in situ”. Para fins de contabilização, devem ser consideradas somente as reservas ditas “entamboradas”, isto é, aquelas que  se consegue processar e colocar em tambores. 
Com apenas um terço do território nacional prospectado, o Brasil coloca-se como a sexta maior reserva de urânio do mundo, e é muito provável que com a entrada da exploração de Pitinga e outras, o  país poderá subir para o terceiro ou quarto lugar. Levando-se em conta a geologia do Brasil, a INB calcula que ainda possa haver cerca de 450 mil toneladas adicionais espalhadas pelo país
                                                                                                                                                                      
Bilbiografia: 
Por  Hiago Lucas Silva



Uma polêmica chamada Urânio

Pequeno histórico do Urânio Militar



O Urânio empobrecido é um subproduto do processo de enriquecimento do urânio natural. Diferente do urânio 235, este não pode ser utilizado para fins econômicos em produção de energia e pelas características dele apresentado (denso, resistente e inflamável) o mesmo vem sendo utilizado para fins na área civil e militar. Sua descoberta foi creditada ao químico alemão Martin Heinrich Klaproth (1743-1817), que o batizou urânio, em 1789, em homenagem à descoberta do planeta Urano, ocorrida oito anos antes. Posteriormente, o físico francês Antoine Becquerel (1852-1908) identificou as propriedades radioativas desse elemento.Na década de 1940 já existiam iniciativas do governo norte-americano para a produção da bomba atômica, inaugurando a era nuclear em 15 de julho de 1945 no teste Trinity (imagem abaixo).





Desde então vários testes foram sendo realizados testes e enfim no dia 6 de agosto daquele mesmo ano, a bomba Little Boy foi lançada em Hiroshima e três dias depois em Nagasaki. A Little Boy continha cerca de 60 kg de urânio e cerca de 4 toneladas com toda sua estrutura metálica.


(Little boy) (Explosão de Hiroshima)
(vídeo da explosão de Hiroshima)







Uma fonte forte e barata

Desde 1970 os EUA iniciaram pesquisas para utilização de urânio em projéteis e os resultados mostraram que o desempenho foi muito superior do que qualquer outro metal (com exceção do Tungstênio) . O fato do urânio gerar altas temperaturas eles se inflamava quando atingia uma superfície dura, assim tornando o urânio mais resistente. Portanto, o urânio empobrecido, também em função de sua ampla disponibilidade e baixo custo, acabou sendo escolhido para uso maciço em projéteis de alta penetração e em blindagens de veículos de combate. Isso resolvia, em parte, outro problema: a estocagem do urânio empobrecido gerado em grandes quantidades pelas usinas de enriquecimento, reciclando-o para outra finalidade. Com relação às forças armadas brasileiras, segundo uma publicação especializada (Âncoras e Fuzis, ano III/nº 10 – 1º de maio de 2001), tanto a Marinha Brasileira quanto o Corpo de Fuzileiros Navais não utilizam munição de urânio empobrecido, mas sim à base de tungstênio. No entanto, contatos feitos pelo autor deste artigo com órgãos federais brasileiros (Ministério da Defesa, Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares e Centro de Tecnologia da Marinha em São Paulo), questionando-os sobre o uso ou não do urânio empobrecido para fins militares, foram infrutíferos até agora.


Guerras e conflitos.


Para exemplificar o poder de munições que empregam urânio empobrecido, os projéteis de 30 mm usados pela força aérea norte-americana na Primeira Guerra do Golfo, em 1991, foram capazes de atravessar blindagens de aço com até 9 cm de espessura. Quando atingiam o solo de argila, os projéteis penetravam até 3 m.

As inúmeras vantagens do urânio empobrecido levaram ao desenvolvimento maciço desses armamentos, principalmente nos Estados Unidos, onde estimativas indicam que cerca de 600 mil toneladas de urânio empobrecido tenham sido produzidas, sendo parte estocada sob a forma de hexafluoreto de urânio em cilindros enormes. Cerca de 320 toneladas foram empregadas no Iraque e no Kuwait nos conflitos decorrentes da Primeira Guerra do Golfo, e posteriormente outras 15 toneladas foram usadas na Bósnia (1995) e em Kosovo (1999).


Devido ao sucesso nessas campanhas militares, é provável que as forças norte-americanas e britânicas tenham feito uso dessas armas nos conflitos do Afeganistão (2001) e da Segunda Guerra do Golfo (2003). Esses armamentos também podem ser lançados por tanques, caças-bombardeiros, helicópteros e navios.

Algo fica no ar

Quando um projétil contendo urânio empobrecido atinge uma superfície resistente forma-se pelo impacto uma poeira que se dispersa pela atmosfera. Estimativas indicam que cerca de 35% do urânio empobrecido das munições se tornam partículas de aerossóis no impacto ou quando esse metal se inflama. Essas partículas mantêm-se suspensas na atmosfera por um longo tempo, facilitando sua dispersão.

O maior risco de projéteis e fragmentos refreando urânio empobrecido sobre o meio ambiente é o de contaminação do solo e/ou dos lençóis freáticos. Posteriormente a um ataque com esse tipo de munição, os estilhaços de projéteis parcialmente oxidados são colocados em superfícies e no solo.



Acidentes aéreos
O urânio empobrecido já foi empregado como aditivo fluorescente em porcelanas dentárias. Recentemente, ainda é empregado em proteções contra os raios X; como contrapesos de flaps e lemes de aviões comerciais; em quilhas de veleiros; e em carros de Fórmula 1. Uma das principais aplicações do urânio empobrecido é em lastros de aviões cargueiros. O motivo é sua alta densidade: um volume diminuto desse metal tem uma massa muito grande (ou seja, “pesa” muito). 


Mas seu uso civil tem sido bastante discutido, e, aos poucos, esse metal vem sendo substituído pelo tungstênio, devido aos possíveis efeitos à saúde humana e ao meio ambiente. Duas das maiores empresas fabricantes de aviões civis norte-americanas, desde a década de 1980, não empregam mais o urânio empobrecido em seus aviões. Mas um grande número de aeronaves fabricadas até então ainda continua em operação. 
Acidentes com aeronaves que transportavam urânio empobrecido como lastro já ocorreu em, pelo menos, três ocasiões. A primeira foi na ilha de Tenerife (Espanha), em 1977, em uma das maiores catástrofes aéreas da história da aviação, com 563 mortos, quando dois Boeing 747 colidiram na pista de decolagem.

Em outubro de 1992, poucos minutos após a decolagem, no aeroporto de Amsterdã (Holanda), um Boeing 747 perdeu dois de seus motores e atingiu dois prédios residenciais, causando um grande incêndio e a morte imediata de 43 pessoas. As autoridades locais declararam que o cargueiro empregava como lastro cerca de 280 kg de urânio empobrecido, sendo que, dessa quantidade, cerca de 150 kg nunca foram encontrados, levantando a hipótese de que tenha sido queimada no incêndio e liberada na atmosfera na forma de partículas. 

Nos anos seguintes ao acidente, foram registrados vários casos de pessoas com problemas físicos e mentais na área vizinha ao acidente. Inicialmente, esses quadros foram atribuídos aos produtos de queima de substâncias perigosas à saúde humana transportada pelo avião, especialmente o urânio empobrecido. Mas um estudo de 2000 demonstrou que o risco daquela população exposta aos aerossóis e aos produtos de queima do avião foi muito baixo e que os casos descritos não tinham relação com o acidente.

Em um terceiro acidente, próximo ao aeroporto de Stanstead (Inglaterra), outro Boeing 747 carregando urânio empobrecido caiu minutos antes do pouso, espalhando seus destroços por uma grande área. 


Modelos de Laboratório 

Estudos feitos nos Estados Unidos mostram que, nos locais onde armamentos contendo urânio empobrecido foram empregados de modo mais sistemático, o contato de seres humanos com esse metal ocorreu, basicamente, de dois modos: 
Exposição aguda por inalação ou ingestão de aerossóis, vapores ou poeiras; 
Exposição crônica devido à presença de fragmentos de projéteis inseridos em tecidos do corpo humano. 

As informações disponíveis sobre os efeitos biológicos do urânio empobrecido são poucas, e a disponibilidade dessas informações é muito limitada, o que dificulta a determinação precisa dos possiveis riscos da exposição a esse metal. Efeitos carcinogênicos e mutagênicos (respectivamente, que causam câncer ou mutações no código genético de um organismo) induzidos por fragmentos de projéteis retidos no corpo ou em partículas inaladas já foram descritos em modelos de laboratório. 


Condenado ou absolvido 

Enquanto a mídia e a pesquisa científica mantêm o foco nos possíveis efeitos do urânio empobrecido sobre os soldados da Otan, bem como nos veteranos de guerras dos últimos 15 anos, muito pouca atenção tem sido dada às populações civis altamente expostas a esse metal, como é o caso daquelas no Iraque, nos Bálcãs e no Afeganistão. Os soldados da Otan, bem como famílias deles, não estarão expostos ao urânio empobrecido ao longo da vida, diferentemente dos civis desses países, que foram ou são forçados a conviver com crateras produzidas por bombas ou mísseis e, portanto, estão expostos continuamente ao ar, à água ou ao solo contaminados ao redor deles. 

Apesar de grande parte das informações indique que o urânio empobrecido não ofereça risco radiológico, devemos pensar sobre os riscos da exposição dos civis em longo prazo. A leucemia, induzida por radioterapia, por exemplo, desenvolve-se normalmente após um período de latência de dois a três anos, embora nesse caso se trate de uma exposição aguda e em altas doses. Evidências obtidas da população de Hiroshima mostraram que o período de latência média para o desenvolvimento dessa doença é de 10 a 15 anos – mas, novamente, se trata de uma exposição aguda em doses altíssimas.



O urânio empobrecido emite radiação em baixas doses e por tempos extremamente longos. Assim, não é possível ainda afirmar categoricamente que ele não ofereça qualquer risco biológico. Somente pesquisas de acompanhamento das populações expostas por longo prazo poderão absolver ou condenar o uso desse metal. 

Finalmente, resta ainda a hipótese de o uso militar desse metal ser uma forma silenciosa de eliminação dos resíduos tóxicos em países que têm altos estoques de urânio empobrecido e que passaria despercebida pelas populações e pelos governos atingidos pelas guerras dos últimos 15 anos.