Os recursos naturais são de suma importância para o homem no
aspecto de desenvolvimento da civilização, de forma que esse ser possa dispor
de meios os quais possam lhe oferecer maior comodidade em atividades diversas.
Desde os primórdios da humanidade, nossos antepassados já utilizavam esses
recursos, tais como a água, a luz solar, a vegetação, entre outros, para
transformar seus estilos de vida. Com o passar dos tempos, houve,
concomitantemente ao desenvolvimento humano, a busca por conhecimento
aprofundado na área em questão, nos levando a obter diferentes tipos de
ferramentas provenientes do nosso meio ambiente.
Um
fator de extrema importância foi a ocorrência da Revolução Industrial por volta
do século XVIII, quando o desenvolvimento de novas tecnologias passou a exigir
o uso de energia, esta responsável por movimentar o maquinário o qual
substituía a, até então, produção artesanal.
Em meados do século XIX, o
petróleo (recurso natural não renovável) passou a ser usado para diversos fins,
desde a produção de produtos variados até a geração de energia. Mesmo sendo
eficiente, causa certa complexidade, uma vez que seu uso pode trazer
consequências maléficas ao nosso planeta como um todo. Tal fato tem
impulsionado a ciência a encontrar novos modos de produção energética, fontes
limpas, as quais possam preservar nosso patrimônio ambiental.
Com a crise do petróleo em 1973,
a procura por fontes energéticas diferentes foi intensificada. No Brasil, em
1975, Ernesto Geisel, então presidente do Brasil (ditadura), por meio do
decreto de lei de n° 76.593 de 14 de novembro de 1975, implantou o Programa
Nacional do Álcool, o Pró-Álcool. Essa iniciativa visava a substituir a dos
combustíveis veiculares derivados de petróleo por etanol, de fácil obtenção e
renovável.
Ao redor do mundo, a busca por
soluções para tal problema desencadeou o desenvolvimento da energia nuclear, a
qual se baseia no uso de alguns elementos químicos, havendo reações nos núcleos
dos átomos destes, liberando energia. Inicialmente, essa tecnologia foi
rejeitada por muitos, uma vez que essa energia nuclear causou grandes
catástrofes, como a bomba atômica lançada pelos EUA contra as cidades de
Hiroshima e Nagasaki, no Japão. Por todos os fatos passados, os países que já
desenvolveram uma boa tecnologia nesse âmbito nuclear não compartilham
experiências, visto que a energia nuclear pode ser utilizada como uma arma de
considerável poderio.
O urânio, elemento químico
radioativo, possui todas as características favoráveis à geração energética,
por meio do enriquecimento, processo reacional de fissão (quebra do núcleo
atômico) ao urânio, gerando energia.
O programa nuclear brasileiro
abrange um amplo uso da energia nuclear, sempre voltado para fins pacíficos. Há
cerca de três mil instalações em funcionamento em todo país (não são usinas,
são instalações que exploram de alguma maneira a energia nuclear) que utilizam
material ou fontes radioativas como combustível para setores da produção
industrial, ou no campo da saúde ou ainda pesquisa, principalmente na área química.
Ainda assim, a energia produzida por meio de combustível nuclear é ainda
ínfima, muito pequena em relação, por exemplo, à energia hidrelétrica, e em
menor proporção, à termoelétrica.
As principais ressalvas ao uso do
urânio como fonte de energia se embasam na questão ambiental, onde o uso desse
material pode gerar riscos como, por exemplo, acidentes similares ao de
Chernobyl ou de Goiânia (Césio-137), por meio do descarte inapropriado de
substâncias radioativas. De forma geral, esse método de geração energética só
se aplica a regiões onde os demais recursos são escassos; o Brasil possui
bastantes recursos hídricos, ou seja, é mais plausível a instalação de uma
usina hidrelétrica, mas regiões como a Ásia central, com poucos rios, são
adequadas à instalação de usinas nucleares.
Por tudo isso, a adequação ou não
à energia nuclear só deve ser deferida após um sucinto processo de análise às
condições locais de cada região, visando os fatores ambientais, econômicos e
sociais, proporcionando o bem comum.
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