A energia nuclear
fornece um sexto da eletricidade do mundo que, juntamente com a energia hídrica
(que fornece um pouco mais de um sexto), é a principal fonte de energia livre
de carbono hoje. A tecnologia sofreu interrupção de seu crescimento marcada
pelo acidente de Chernobyl, mas as usinas têm demonstrado a notável
confiabilidade e eficiência ao longo dos anos. A ampla oferta mundial de urânio
poderia abastecer um conjunto muito maior de reatores do que o atualmente existente
durante os seus 40 a 60 anos de vida útil.
Em 2008 somente vinte
países produziram urânio em escala industrial, inclusive o Brasil. Esta
situação é vista como uma oportunidade para o país, já que, além de deter
reservas significativas de urânio, com um forte potencial geológico para
ampliação dessas reservas, também domina a tecnologia de todo o ciclo do combustível.
Indústrias Nucleares
do Brasil (INB), empresa pública responsável pela fabricação do combustível
nuclear. A INB atua na lavra do urânio e
sua concentração obtendo o yellow cake que é transportado à Europa, para
conversão ou gaseificação (transformação em hexafluoreto de urânio) e,
posteriormente, à Europa para seu enriquecimento. Em seguida, o combustível é
reconvertido em urânio enriquecido em pó, o qual é sinterizado na
forma de pastilhas que comporão os elementos combustíveis dos reatores nucleares.
Atualmente, a INB já faz um pouco de enriquecimento na fábrica de Resende/RJ e,
no futuro, a empresa deverá usar a tecnologia desenvolvida pela Marinha do
Brasil para conversão
Na usina de conversão, o urânio, sob a forma de yellowcake, é dissolvido e purificado, obtendo-se então o urânio nuclearmente puro. A seguir, é convertido para o estado gasoso, o hexafluoreto de urânio (UF6), para permitir a transformação seguinte que é o enriquecimento isotópico
O Brasil já domina
toda a tecnologia do ciclo, inclusive o enriquecimento do urânio. Há, nas
instalações da INB, capacidade para enriquecimento do urânio que hoje atenderia
apenas 1% das necessidades do país.
Contudo, ainda há, necessidade de realização de fases fora do país.
Investimento adicional possibilitará internalizar no país todas as fases.
As reservas
brasileiras de urânio, apresentadas oficialmente como da ordem de 309.000
toneladas de U3O8 “in situ”. Para fins de contabilização, devem
ser consideradas somente as reservas ditas “entamboradas”, isto é, aquelas
que se consegue processar e colocar em
tambores.
Com apenas um terço do
território nacional prospectado, o Brasil coloca-se como a sexta maior reserva
de urânio do mundo, e é muito provável que com a entrada da exploração de
Pitinga e outras, o país poderá subir
para o terceiro ou quarto lugar. Levando-se em conta a geologia do Brasil, a
INB calcula que ainda possa haver cerca de 450 mil toneladas adicionais
espalhadas pelo país
Bilbiografia:
Por Hiago Lucas Silva
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